terça-feira, 4 de dezembro de 2018

RUA IBICARAÍ AOS OLHOS DO POVO - PARTE 2



Cristovam Colombo é o líder do Conselho Comunitário da Gleba C, bairro em que a Rua Ibicaraí está localizada. Membro ativo da comunidade e da política da cidade, Cristovam é conhecido pelas suas lutas em defesa do meio ambiente, do esporte, educação e lazer.

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A importância da Gleba C na história da cidade se dá por ter sido a primeira Gleba fundada em Camaçari, em 1979 para abrigar os trabalhadores do Pólo Petroquímico. Para Cristovam, a importância do bairro Gleba C e da Rua Ibicaraí se concentram no fato de que, inicialmente, era uma fazenda que abrigou a primeira escola municipal (Luiz Rogério de Souza), em 1882.

O morador também aponta o fato de vários destaques do esporte, tais como Rodrigo Chagas e Fábio Costa (jogadores) serem nativos desta rua. Nesta rua também se iniciou os primeiros blocos carnavalescos (Bloco Arruela) da cidade e os desfiles cívicos, assim como gincanas e o tradicional São Pedro da Gleba C. Este bairro abriga a Associação de Moradores, a União Cultural de Camaçari e o Conselho Comunitário que o mesmo é presidente.

Mapa de R. Ibicaraí - Gleba C, Camaçari - BA, 42800-970

A rua Ibicaraí é conhecida pela mistura de casas e prédios e por se interligar á maioria dos bairros da cidade (centralizada), tais como: PHOCS, Gleba E, Acajutiba, etc. No bairro que abriga a Rua Ibicaraí, também há moradores políticos (deputados, vereadores, etc), assim como figuras artísticas da cidade. A Rua Ibicaraí foi, também, segundo Cristovam, a sede do projeto Educando com a Bola que promove a educação e o esporte, cursos gratuitos para mulheres e projetos das igrejas acerca de ações sociais.

A Rua Ibicaraí é conhecida, pelo trabalho do Conselho na preservação do meio ambiente, visto que essa rua é rodeada pela Roça de Seu Zé e o Sítio de Loló, que já sofreram várias tentativas de invasão e destruição, e, os moradores com o apoio do Conselho conseguiram preservar estes locais. 

Cristovam se mostrou muito emocionado ao falar da Rua Ibicaraí e do bairro da Gleba C.


REFERÊNCIAS

IMAGEM 1 DISPONÍVEL EM: https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwi5lpq6hYbfAhXDDZAKHbXSDTIQjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Fwww.camacari.ba.gov.br%2F2015%2Fdetalhe_noticia.php%3Fcod_noticia%3D16526&psig=AOvVaw2x95gaov5SYDw2bDR-Yr10&ust=1544008164772312

IMAGEM 2 DISPONÍVEL EM: https://www.google.com.br/search?q=rua+ibicarai+gleba+c&oq=rua+ib&aqs=chrome.0.69i59l3j69i60j69i57j69i60.1659j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#

RUA IBICARAÍ AOS OLHOS DO POVO - PARTE 1

Para contemplar a minha pesquisa, conversei com dois antigos moradores da Rua 06: Nilzete Ferreira e Cristovam Colombo. Nilzete é professora de História, moradora do local há 26 anos e Cristovam é o líder do Conselho Comunitário do bairro que abriga a rua.

Ambos são membros ativistas dessa comunidade e reconhecidos pelo carinho e luta a favor do bairro e de seus moradores. A fim de evitar a formalidade de uma entrevista, conversei com os dois e obtive informações de grande importância para enriquecer esta pesquisa.

Nilzete chegou à Rua Ibicaraí em 1992, quando os apartamentos ainda eram ocupados pelos seus devidos proprietários. O jardim mencionado na publicação anterior era cuidado por todos e rico em flora, proporcionando frutos como acerola, limão e coco para a comunidade, porém este foi desmatado e asfaltado, se transformando em um pequeno estacionamento. Ela pontuou que gosta do bairro, também, devido à sua proximidade com o Centro da cidade de Camaçari.

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Nilzete também é conhecida, atualmente, por ter criado uma mini horta + jardim ao lado do prédio em que mora, onde cultiva flores e frutos como: tomate cereja, coentro, rúcula, cenoura, etc.

O que ela mais aprecia nesta rua é a harmonia entre a vizinhança, a tranquilidade e a paz que o ambiente proporciona para a mesma. Esta pontuou que por algumas ocasiões, o local se tornou perigoso, entretanto não abalou essa tranquilidade. Nilzete mostrou um desejo de trocar de prédio, mas hesita devido aos laços criados com os vizinhos durante todos esses anos, todavia, não pretende sair da Rua 06.




REFERÊNCIAS

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

RUA IBICARAÍ - A RUA DA MINHA VIDA

Desde que nasci, morei na Rua Ibicaraí (popularmente conhecida como Rua 6). Morava no bloco 41, apartamento 002 (térreo) e só tenho boas lembranças daquele lugar!

A rua é um complexo de prédios (condomínio aberto), com uma barraca de doces e sorvete, um mercadinho e uma quadra de esportes. Nesta rua eu comecei e cultivei todas as minhas amizades, andei de bicicleta pela primeira vez, fui a festas de aniversário dos meus amigos, tomei banho de bacia em frente ao meu prédio e cuidei do imenso jardim que formava a vista da janela da minha casa.

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Eu escolhi a Rua 06 como a Rua da Minha Vida pois foi nela que cresci e me descobri quem sou, foi nela que passei toda a minha infância e adolescência e me formei como cidadã. Os meus vizinhos eram pessoas maravilhosas, que cuidavam de mim em meio à rotina agitada dos meus pais. Principalmente Krys (in memoriam), que ajudava a mim e sua neta com as atividades de casa às tardes e, quando finalizávamos, nos agradava com seu famoso bolo de milho e suco de maracujá. 

Ao presenciar a construção da Matriz Paroquial próximo a minha casa, pude me sentir 100% completa em relação a minha rua, pois ela já possuía tudo o que eu gostava. A Igreja Santa Luzia é o meu lar, é o lugar em que me sinto mais em paz e não havia lugar melhor para abrigá-la do que a Rua que escolhi para ser a rua da minha vida!


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Ao olhar as fotografias da minha infância, e recordar os bons momentos, todos são na Rua Ibicaraí, e, por isso, a escolhi como a rua da minha vida!


REFERÊNCIAS

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CAMAÇARI E MATA DE SÃO JOÃO

Antes de se emancipar, Camaçari fazia parte do município de Mata de São João, onde se encontra, também, o Castelo Garcia D'ávila (a Casa da Torre), uma herança de Caramuru e Paraguaçu. 

Considerando isso, por que Camaçari foi importante para a Casa da Torre?

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O Castelo está localizando na Praia do Forte, componente do litoral baiano pertencente ao município de Mata de São João. Por volta de 1850/1860, Camaçari pertencia a este município, e dependia dos lucros obtidos na produção de Cana e do latifúndio encontrados na região da Casa da Torre. Ainda neste período, o Desembargador Tomaz Montenegro trouxe a estrada de ferro para estas terras, proporcionando o crescimento da região. 

E, posteriormente, este local se dividiu na parte funcional pelo sistema ferroviário e marítimo, realizando comunicação com Salvador também através do Porto da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho. 

Para transportar seus produtos (coco e carvão, principalmente), a população utilizava de barcos e animais que vinham pela estrada das boiadas, cortando a faixa litorânea de Salvador até o Castelo.

Com a chegada do Pólo Petroquímico, Camaçari se desenvolveu financeiramente e não dependia mais das produções ocorridas na atual região de Mata de São João para se estabilizar. Assim, se emancipou e investiu na produção industrial, abrigando, posteriormente, o Complexo FORD e crescendo financeiramente e populacionalmente. 


REFERÊNCIAS

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SALVADOR: FUNDAMENTAL NA HISTÓRIA DO BRASIL E DO ESTADO DA BAHIA

"No Regimento que entregara a Tomé de Sousa, dizia D. JOÃO III: 'A baía de Todos os Santos é o lugar mais conveniente da costa do Brasil para se poder fazer a dita povoação e assento. Assim, pela disposição do ponto e rios que nela entram, como pela bondade e abundância e a saúde da terra e por outros respeitos, hei por meu serviço que na dita baía se faça a dita povoação e assento'." (MATTA, 2013)

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Conhecida por ser a primeira capital do Brasil, Salvador foi uma das primeiras cidades colonizadas pelos portugueses. Após a instalação das capitanias hereditárias e outras tentativas de governos, as autoridades de Portugal entregaram a capital baiana para Tomé de Sousa, que, de fato, iniciou o desenvolvimento do local. 

A partir da regência deste, surgiram os fortes, as igrejas, as aldeias e a plantação de cana-de-açúcar se expandiu. Devido a isso, ocorreram as invasões holandesas, que fizeram de Salvador um centro de atividade bélica. 

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Após a expulsão dos holandeses, a cidade passou a abrigar diversos palácios, santuários, conventos e centros acadêmicos, encontrados no Centro Histórico e pontos turísticos de Salvador (Pelourinho, Cidade Baixa, etc.). Ainda hoje podemos encontrar esses locais em estado de conservação, e, por isso, Salvador recebe tantos turistas ansiosos por conhecer esta cidade tão histórica e importante para o patrimônio histórico do nosso país.

Visto isso, listamos abaixo 03 razões que expliquem o porquê Salvador é importante:

1- Foi a 1ª capital do Brasil;
2- A Rota Marítima (todos os caminhos passam por Salvador);
3- Crescimento Regional e Populacional (devido às grandes produções).



REFERÊNCIAS:

IMAGEM 1 DISPONÍVEL EM: https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwiqn4KT_4TfAhXGD5AKHbnzBB8QjRx6BAgBEAU&url=http%3A%2F%2Fwww.amoahistoriadesalvador.com%2Fa-primeira-capital-do-brasil-de-1549-a-1763%2F&psig=AOvVaw07qqBPoDoMQNXEmltJ3Yw8&ust=1543972284692158

IMAGEM 2 DISPONÍVEL EM: https://www.google.com.br/url?sa=i&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwim_v6kgIXfAhWBf5AKHS31C-QQjRx6BAgBEAU&url=https%3A%2F%2Fpt.wikipedia.org%2Fwiki%2FIgreja_e_Convento_de_S%25C3%25A3o_Francisco_(Salvador)&psig=AOvVaw2vc1_SClgOpTKCGNwwJV8h&ust=1543972559687059

MATTA, Alfredo. História da Bahia. 1ed. Salvador: EDNEB, 2013. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/bahia/salvador.pdf
Acesso em: 03 de dezembro de 2018

domingo, 14 de outubro de 2018

CAMAÇARI - A HISTÓRIA

A cidade de Camaçari, localizada na Região Metropolitana de Salvador, completou seus 260 anos de emancipação no último 28 de setembro. 


A história de Camaçari começa em 1558, onde nas suas terras os padres jesuítas criam a Aldeia do Divino Espírito Santo. Estas terras eram propriedades do desembargador Tomaz Garcez Paranhos Montenegro (que leva seu título e sobrenome na principal praça da Cidade, onde também se localiza a Igreja Catedral).  

Em 1624, essa aldeia teve participação e fundamental importância na expulsão dos holandeses que invadiram a Bahia. 

Em 28 de setembro 1758, Marquês de Pombal expulsa os jesuítas e emancipa a região, agora declarada como "Vila de Nova Abrantes do Espírito Santo". A vila foi extinta em 1846 e passou a fazer parte do município de Mata de São João (onde encontraremos também a Casa da Torre, que será explicada nas próximas postagens). 

Foi em 1938 que Camaçari ganhou seu atual nome e se constituía dos distritos de Abrantes, Monte Gordo, Parafuso e Dias D'ávila, sendo este último emancipado em 1985. O Santo padroeiro da Cidade é São Thomaz de Cantuária.

O nome Camaçari vem de "Camassary" ou "Kamassary" (origem tupi-guarani), significa "a árvore que chora". A árvore típica dessa região era conhecida por suas folhas cobertas de gotículas. 


Pouco antes, em 1978, o Pólo Petroquímico começou a operar na cidade, intervindo na economia e gerando empregos. É o maior complexo industrial do Hemisfério Sul e o primeiro complexo petroquímico planejado do país. Em 2001, com a chegada da FORD, a economia da cidade se concentrou na sede e esta cresceu seus territórios e aumentou sua população rapidamente. 

Atualmente, Camaçari é a quarta cidade mais populosa da Bahia e a segunda da Região Metropolitana de Salvador, possui cerca de 296.893 habitantes. Abriga duas Universidades (uma pública e outra privada), tem como ponto turístico forte a orla marítima, conhecida pela beleza de suas praias e é reconhecida pelo investimento na Cultura a partir da fundação do complexo "Cidade do Saber".

RUA IBICARAÍ AOS OLHOS DO POVO - PARTE 2

Cristovam Colombo é o líder do Conselho Comunitário da Gleba C, bairro em que a Rua Ibicaraí está localizada. Membro ativo da comunid...